Em busca de solução logística, trilheiros criam nova modalidade radical: motolesa
Para realizar travessia e não interromper o passeio em caso de chuva, aventureiros descem 25m em cabo de aço sobre rio Sabugueiro, no Paraná
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Há pouco mais de dez anos, um grupo de amigos se reúne aos sábados para fazer trilha sobre motos nos arredores de Faxinal, no Paraná. O único problema era a chuva da região de Serra do Cadeado, que muitas vezes impedia a travessia do rio Sabugueiro, parte importante do trajeto. Após muita experimentação para resolver a dificuldade logística e não correr o risco de perder a viagem, os aventureiros acharam a solução ao criarem uma nova modalidade radical: a motolesa.
Foram cerca de duas semanas para a ideia ser posta em prática pela primeira vez, no dia 17 de janeiro, no Primeiro Trilhão de São Sebastião. Com 4m de altura e 25 de comprimento, a tirolesa sobre o rio passou a ser o momento mais aguardado do passeio.
- Fizemos por necessidade para não correr o risco de o rio encher e ter que voltar no meio do passeio, mas acabou virando uma diversão. É algo que ninguém nunca viu. Foi o mais especial da trilha. Quem não tinha moto até quis passar com moto de quem não desceu – contou Fábio Basso, o “piloto de testes” e cobaia da turma, por telefone.
Professor de educação física, Carlos Hervatini afirma que é possível fazer a descida tanto com a moto ligada quanto com ela desligada, mas que nem todos do grupo, apelidado de “Nóis empurra mais não afina” (sic), já se arriscaram na nova modalidade.
- Alguns têm mais habilidade e passam com ela (a moto) ligada para mexer com os amigos. Quando alguém não vai, tiramos um sarro. Às vezes fazemos uma brincadeira na volta, alguém paga uma prenda. Faz parte da brincadeira. Até mesmo para estimular em uma próxima vez.
Apesar da diversão, o grupo não esquece a preocupação tanto com a segurança quanto com a natureza. Na inauguração da motolesa, a Defesa Civil de Faxinal estava em alerta para qualquer eventualidade. E, no dia a dia, os cuidados para que as árvores, rios e cachoeiras da região não sofram com a depredação são sempre levados muito a sério.
- Procuramos sempre ter um apoio em locais mais difíceis para ter mais segurança. Sempre deixamos alguém avisado em caso de emergência. Nos preocupamos principalmente quando vem alguém de fora. Para montar a estrutura, achamos locais em que poderíamos apoiar sem dano a natureza. Temos essa preocupação de não depredar onde passamos. Não pegamos nenhuma árvore, nada que trouxesse prejuízo – disse Hervatini.
Com a moto ligada ou não, pilotos atravessam o rio Sabugueiro, no Paraná, com a ajuda da motolesa
Professor de educação física, Carlos Hervatini afirma que é possível fazer a descida tanto com a moto ligada quanto com ela desligada, mas que nem todos do grupo, apelidado de “Nóis empurra mais não afina” (sic), já se arriscaram na nova modalidade.
- Alguns têm mais habilidade e passam com ela (a moto) ligada para mexer com os amigos. Quando alguém não vai, tiramos um sarro. Às vezes fazemos uma brincadeira na volta, alguém paga uma prenda. Faz parte da brincadeira. Até mesmo para estimular em uma próxima vez.
Apesar da diversão, o grupo não esquece a preocupação tanto com a segurança quanto com a natureza. Na inauguração da motolesa, a Defesa Civil de Faxinal estava em alerta para qualquer eventualidade. E, no dia a dia, os cuidados para que as árvores, rios e cachoeiras da região não sofram com a depredação são sempre levados muito a sério.
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